Você sabe o que é FMEA e por que ele é tão importante para o setor automotivo? Você está por dentro da nova edição do FMEA AIAG & VDA?
Se você quer saber mais sobre esses assuntos, este blog é para você. Aqui, vamos explicar o que é o FMEA AIAG & VDA e como ele funciona. Além disso, vamos mostrar as principais novidades da nova edição e um exemplo comparativo.
Ficou curioso? Então, continue lendo e descubra tudo o que você precisa saber sobre o FMEA AIAG & VDA para o setor automotivo!
O que é FMEA, AIAG e VDA?
O FMEA AIAG & VDA é uma nova edição do manual de FMEA que foi lançada em 2019. Ele é fruto da cooperação entre a Automotive Industry Action Group (AIAG) e a Verband der Automobilindustrie (VDA).
Formada por empresas da indústria automotiva norte-americana, a AIAG é uma associação que publica manuais e normas para guiar as melhores práticas de qualidade, meio ambiente, segurança e responsabilidade social no setor automotivo. A VDA é uma associação similar, mas composta por empresas da indústria automotiva da Alemanha.
Dessa forma, a nova versão do FMEA padroniza os requisitos e metodologias entre os diferentes países e regiões, facilitando a comunicação e a cooperação entre os fornecedores e os clientes da indústria automotiva.
Nova edição do FMEA: principais mudanças
As principais mudanças da nova edição do FMEA são:
Nova estrutura do manual
- Apresenta os conceitos, os princípios, os termos e as definições de forma mais clara e consistente.
- Abordagem de 7 passos, que orienta o usuário desde a definição do escopo até a implementação das ações de melhoria.
Nova metodologia para análise de funções e riscos
- Utiliza ferramentas como o diagrama de blocos, a árvore de funções, a matriz de requisitos e a matriz de riscos para identificar as funções, os requisitos, os modos de falha, os efeitos e as causas das falhas.
Nova sistemática para priorização de ações de melhoria
- O NPR (Número de Prioridade de Risco) é substituído pelo AP (Action Priority), que leva em conta a severidade, a probabilidade e a detecção das falhas, além da eficácia das ações existentes e planejadas.
Novo capítulo
- Aborda o FMEA Suplementar para Monitoramento e Resposta do Sistema (FMEA-MSR). Este é uma extensão do FMEA de Produto ou Projeto, que foca nas funções relacionadas ao monitoramento e à resposta do sistema durante o uso do produto pelo cliente.
Tabelas e formulários
- Tabelas de Severidade, Detecção e Ocorrência totalmente revisadas, que fornecem exemplos e orientações para classificar os riscos das falhas.
- Novos formatos de formulários e visualizações de relatório de software, que facilitam o registro e a comunicação dos resultados do FMEA.
Portanto, a nova edição do FMEA traz uma abordagem mais estruturada e integrada para a análise de falhas, que visa aumentar a confiabilidade, a segurança e a qualidade dos produtos e processos no setor automotivo.
Exemplo FMEA
Para entender melhor como essa abordagem funciona, vamos ver um exemplo comparativo do FMEA antigo e do FMEA AIAG & VDA:
Antigo FMEA
Na versão antiga do FMEA, a análise era feita seguindo quatro passos:
- definição do escopo;
- identificação dos modos de falha;
- avaliação dos riscos;
- recomendação de ações.
A avaliação dos riscos era baseada no cálculo do Número de Prioridade de Risco (RPN), que era o produto da Gravidade, Ocorrência e Detecção de cada modo de falha. O RPN era usado para priorizar as ações de melhoria.
FMEA AIAG & VDA
Na nova versão do FMEA, a análise é feita seguindo sete passos:
- planejamento e preparação;
- análise da estrutura, análise da função;
- análise da falha;
- análise do risco;
- otimização;
- documentação dos resultados.
A avaliação dos riscos é baseada na determinação da Prioridade de Ação (AP), que é uma classificação que leva em conta a Gravidade, Ocorrência e Detecção de cada modo de falha. Também considera outros fatores como os requisitos do cliente, as normas regulatórias e os objetivos estratégicos. A AP é usada para priorizar as ações de melhoria.
A AP pode ser A (prioridade alta), B (prioridade média) ou C (prioridade baixa). A Detecção (D) não entra no cálculo do AP, mas é considerada na definição das ações recomendadas.
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